O Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian revelou que a procura pelo recurso financeiro no Rio Grande do Sul em janeiro teve alta de 8,9%, percentual que na média brasileira chegou a uma queda de 3,8%, na comparação com o mesmo mês de 2022. No país, os micro e pequenos negócios foram os únicos que marcaram percentual negativo, caindo 4,2%, enquanto os empreendimentos de médio e grande porte tiveram alta de 7,9% e 23,5%, respectivamente.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a retração consecutiva que acontece desde setembro foi pautada principalmente pela taxa Selic, definida em 13,75% em agosto de 2022. “A taxa de juros é um alerta para a concessão de crédito, por isso temos visto mais cautela dos empreendedores no momento de aquisição. No entanto, a baixa de janeiro se mostra menos acentuada, já que é comum o aumento de gastos no final e início do ano, período de maiores investimentos e organização das finanças”.
Ainda na avaliação ano a ano, o recorte por segmento mostrou que o setor de Serviços foi o único a registrar baixa, essa de 11,9%. As Indústrias tiveram estabilidade, enquanto o Comércio cresceu 6,7%. Além disso, a categoria “Demais”, que engloba as financeiras, o primário e terceiro setor, teve o maior crescimento, de 17,9%.