Primeira remessa de vacina contra Mpox deve chegar na próxima semana ao RS

Técnicos da SES vão se reunir na segunda-feira para organizar processo de imunização

Foto: Débora F. Barreto-Vieira, IOC/Fiocruz

Técnicos da Secretaria Estadual da Saúde (SES) farão uma reunião, na segunda-feira, para organizar a vacinação contra a Mpox (varíola do macaco) no Rio Grande do Sul. Segundo informe técnico do Ministério da Saúde, a população-alvo da campanha, em cidades gaúchas, é formada por 1.360 pessoas. A primeira remessa de doses deve chegar na próxima semana.

No documento, que vai servir como base para que a SES organize a estratégia, o Ministério da Saúde confirma 46 mil doses à disposição do Programa Nacional de Imunizações para uso na população, obedecendo a liberação para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A indicação é de duas doses para completar o esquema vacinal.

A definição do público-alvo deve seguir as seguintes recomendações:

Vacinação pré-exposição:

– Pessoas vivendo com HIV/Aids: homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.
– Profissionais de laboratório que trabalhem diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.

Vacinação pós-exposição:

– Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde.

O Informe Técnico do Ministério da Saúde também considera que o atual cenário epidemiológico da Mpox apresenta queda progressiva no número de casos em todo o mundo, incluindo no Brasil, e que a principal estratégia de contenção é a identificação de casos e rastreamento de contactantes.

Segundo o documento, há um desabastecimento de doses de vacina em nível mundial e a atual estratégia de vacinação busca, principalmente, a proteção de pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença.