O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro foi de 0,75% na Região Metropolitana de Porto Alegre, 0,52 ponto percentual acima da taxa de janeiro (0,23%). Porto Alegre acompanha outras oito áreas que ficaram abaixo da média nacional no mês (0,84%). No ano, o IPCA na Região Metropolitana acumula alta de 0,98% e, nos últimos 12 meses, de 4,74%. Em fevereiro de 2022, a variação havia sido de 0,43%.
No período, os produtos alimentícios com maior alta na região foram a manga (23,44%) e a alface (17%). Entre os não-alimentícios, transporte por aplicativo (29,8%) e pedágio (14,65%) foram destaque. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em fevereiro. O maior impacto (0,25 ponto percentual) e a maior variação (5,24%) no índice do mês vieram de Educação.
Na sequência, vieram Transportes (0,95%) e Saúde e cuidados pessoais (1,42%), que contribuíram com 0,19 ponto percentual e 0,18 ponto percentual, respectivamente. Os preços do grupo Alimentação e bebidas (0,43%) voltaram a subir após quedas nos dois meses anteriores. As quedas ocorreram em Vestuário (-0,48%), pelo segundo mês consecutivo, e em Despesas pessoais (-0,06%). Os demais grupos ficaram entre o 0,03% de Artigos de residência e o 0,76% de Comunicação.
A alta de 5,24% em Educação reflete os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Os cursos regulares subiram 6,70%, puxados pelo ensino fundamental (10,91%), ensino médio (10,52%), pré-escola (9,53%), creche (5,90%) e ensino superior (4,74%). Os subitens ensino fundamental e ensino superior tiveram os maiores impactos no grupo em fevereiro (0,09 ponto percentual e 0,08 ponto percentual, respectivamente). Destacam-se ainda as altas da pós-graduação (4,42%) e das atividades físicas (2,14%).
Nos Transportes (0,95%), as maiores contribuições (0,08 p.p. cada) vieram da gasolina (1,42%) e do transporte por aplicativo (29,80%). Outro destaque foi o subitem pedágio, que subiu 14,65% devido a reajustes em praças na Região Metropolitana. Tiveram alta ainda o seguro voluntário de veículo (5,76%) e o emplacamento e licença (1,24%), além das motocicletas (1,23%) e dos automóveis novos (1,05%). Os recuos no grupo vieram das passagens aéreas (-9,64%), do óleo diesel (-2,65%) e dos automóveis usados (-1,37%).
A alta do grupo Alimentação e bebidas (0,43%) deve-se aos aumentos nos preços dos alimentos para consumo no domicílio (0,57%). Nas altas o destaque foi o leite longa vida (12,62%), com o maior impacto individual sobre o IPCA de fevereiro. Outros aumentos vieram das frutas (5,11%), sobretudo a manga (23,44%), o mamão (11,44%), a maçã (6,08%) e a banana-prata (3,86%), e ainda das hortaliças e verduras (12,92%), em especial a alface (17,00%) e o brócolis (15,50%). Recuaram o tomate (-22,85%), a cebola (-16,20%), a batata-inglesa (-10,65%) e as carnes (-1,15%).