O Índice de Confiança do Empresário do Comércio do Rio Grande do Sul (ICEC-RS) apresetoou um recuo de 3,0% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, e uma queda de 3,9% na comparação interanual. O resultado do indicador, divulgado com base em dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), apontou um índice de confiança de 109,7 pontos e depois de ter atingido em novembro de 2022 o segundo maior valor da série histórica (131,3 pontos), a terceira retração consecutiva na margem consolida a trajetória de queda no ICEC. Isto indica um processo de ajuste na confiança do comércio em um nível mais baixo, mas que permanece no campo otimista (acima dos 100,0 pontos).
Entre seus três componentes, a Condição Atual voltou ao patamar pessimista (95,3 pontos) após cair 7,2% na comparação mensal – terceira retração consecutiva. Em relação a fevereiro de 2022, a queda foi de 4,0%. Na avaliação das Condições Atuais da Economia, 57,8% perceberam uma situação pior – percentual que era de 54,4% no mesmo período do ano passado. A trajetória do indicador da Condição Atual vem em linha com a percepção de vendas que tem perdido força no contexto da desaceleração em curso da atividade.
EXPECTATIVA
Outro componente que também marcou a terceira retração seguida na margem foi o Índice de Investimentos. Com recuo de 4,8% ante janeiro de 2023, o indicador caiu para os 105,2 pontos. Em relação a fevereiro de 2022 o índice variou -0,9%. Ainda assim, todos componentes de investimento se mantiveram acima do patamar da neutralidade (100,0 pontos); na Expectativa de Contratação, 58,4% dos respondentes esperavam algum aumento na força de trabalho (71,2% em fevereiro de 2022).
As Expectativas, por sua vez, reagiram na margem e atingiram 128,5 pontos; a reação, porém, de 1,8% ante janeiro de 2023, foi pequena perto da queda acumulada nos dois meses anteriores, indicando um movimento de acomodação do índice em patamar inferior ao mesmo período do ano anterior (-6,3%). Ainda assim, mesmo que com menor intensidade, o otimismo prevalece: para 60,7% dos entrevistados é esperada alguma melhora da economia nos próximos meses.
“Os dados do ICEC indicam uma trajetória de revisão e ajuste da Confiança do Empresário do Comércio, em que a percepção de um ritmo de vendas que perde força, conjugada a incertezas do cenário atual, repercutem diretamente sobre a perspectiva de investimentos e expansão do setor em um contexto mais desafiador”, comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.
