Trabalhadores ligados ao Sindisaúde-RS realizaram um protesto pacífico, na manhã de hoje, em frente ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), na entrada da rua Ramiro Barcelos. Entre as pautas de reivindicação, o sindicato sustenta considerar “imoral” a Remuneração Variável (RVA), aprovada pelo Conselho de Administração do hospital à própria diretoria executiva, no ano passado. “A bem da verdade, existe uma previsão legal para isso. Mas entendemos que há imoralidade porque todo mundo trabalhou junto na pandemia”, disse o presidente do Sindisaúde-RS, Júlio Jesien.
O dirigente afirmou ainda esperar um “reconhecimento de forma coletiva”, o que até agora não aconteceu. Outra demanda apresentada se refere à correção de valores do vale-alimentação, que há quatro anos não é reajustado. O sindicato ainda mobilizou a entrega de uma carta aberta, relatando os motivos do protesto, realizado no Dia Internacional da Mulher também para chamar a atenção dos gestores quanto à igualdade de direitos, conforme salienta o documento, e pelo fato de que 80% da força de trabalho na saúde é feminina.
O Sindisaúde-RS ainda relata corte de custos, tanto na alimentação quanto no serviço de medicina ocupacional. O sindicato também lembra que a preparatória do ato de hoje reuniu mais de mil pessoas no WhatsApp, embora a mobilização em si, no período da manhã, tenha tido em torno de cem participantes, entre funcionários e representantes da classe política. “Infelizmente, houve legislação em causa própria, e isto nos deixa bastante indignados”, comentou Jesien.
Procurado, até o início da tarde o hospital ainda não havia se manifestado sobre o protesto.
