Dengue: número de casos confirmados dobra na capital em dois dias; metade é autóctone

No RS, total chega a 559, a maioria contraídos sem que o paciente tenha se deslocado

Foto: Cristine Rochol/PMPA

O número de casos confirmados de dengue, desde janeiro, dobrou em Porto Alegre, entre segunda-feira e hoje, subindo de 13 para 27. Enquanto o volume de casos importados passou de 11 para 14, o de autóctones, quando o paciente adoece sem viajar, aumentou de dois para 13. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, os infectados residem nos bairros Vila São José, Vila João Pessoa, Mario Quintana e Glória.

Também nesta quarta, a Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da capital confirmou que, a partir das 9h desta quinta, vai pulverizar inseticida contra o mosquito vetor da doença, o Aedes Aegypti, em um raio de 150 metros a partir da residência de pacientes confirmados nas vilas João Pessoa e São José. As ações podem ser reagendada em caso de chuva.

Na vila João Pessoa, por exemplo, os trechos a serem pulverizados incluem as ruas Condor, Campo da Tuca, Maria Aparecida, Luiz Moschetti e Tenente Castelo.

Balanço estadual

Chega a 559 o número de casos confirmados de dengue, em todo o Rio Grande do Sul, desde janeiro. Desses, 483 foram contraídos nas cidades de origem, sem que os pacientes tenham se deslocado.

Encantado, no Vale do Taquari, soma, sozinha, 301 casos confirmados – todos eles autóctones. Ijuí aparece em segundo, com 42 – apenas um importado. Depois da capital, na terceira posição, Não Me Toque, Joia, Ivoti e Ibirubá registraram, nessa ordem, 17, 15, 12 e 10 casos da doença.

Nove pacientes seguem internados em razão da dengue. Três deles precisaram de vagas em UTI, incluindo uma criança.

Em caso de sintomas, procure atendimento

“É importante que pessoas que tiverem sintomas compatíveis com a dengue, como dor no corpo, dor atrás dos olhos, febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos procurem atendimento o mais rapidamente possível para realização de teste quando houver indicação do profissional de saúde”, enfatiza diretora-adjunta da DVS da capital, Fernanda Fernandes.

Todas as suspeitas de dengue devem ser notificadas à Vigilância Epidemiológica municipal pelos serviços de saúde, no momento do atendimento ao paciente.