Menos de uma semana depois da queda de 3,9% anunciada pela Petrobras para o preço da gasolina nas suas refinarias, quando o preço no mercado interno estava 6% acima do mercado internacional, o cenário é outro. Conforme o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), a defasagem da gasolina já ultrapassa os 13%, o que poderia levar a um aumento de R$ 0,50 por litro, enquanto para a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o aumento deveria ser de R$ 0,35 por litro nas refinarias para atingir a paridade.
Em entrevista recente, o novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que, depois de formar sua equipe – o que vai ocorrer em uma assembleia de acionistas marcada para 27 de abril -, vai alterar a política de preços da estatal. Até lá, porém, a Petrobras seguirá a política de paridade de importação (PPI) implantada em 2016 pelo governo de Michel Temer.
Em maio, o PPI será reavaliado e os preços da estatal não devem mais perseguir a paridade com os preços internacionais, mas continuarão baseados nas cotações praticadas no mercado externo e terão diferenciações regionais.