Lula lamenta morte de Paulo Caruso: “Criatividade inesgotável”

Presidente afirmou que o trabalho do cartunista é parte da memória nacional e destacou que ele contribuiu para a democracia

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte de Paulo Caruso, na manhã deste sábado (4). O cartunista e ilustrador de 73 anos estava internado no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, e não teve a causa da morte revelada.

“Paulo Caruso foi um grande desenhista e cronista político, com uma criatividade inesgotável, retratou com talento e consciência o dia-a-dia que constrói nossa história recente. O seu traço veloz e seu humor já são parte da memória nacional”, escreveu Lula, em nota oficial da Presidência, que também foi repostada nas redes sociais.

“Contribuiu com seu talento na luta pela democracia e por um país com direito à liberdade de expressão. Meus sentimentos ao seu irmão, Chico, aos seus familiares, amigos e admiradores”, completou.

Morte

O caricaturista, ilustrador, chargista e músico Paulo José Hespanha Caruso, mais conhecido como Paulo Caruso, morreu neste sábado, aos 73 anos, no Hospital 9 de Julho, região central de São Paulo.

Em nota, a instituição confirmou que o cartunista Paulo Caruso estava internado na unidade e que veio a falecer na manhã de hoje, mas que “em respeito à privacidade do paciente e seus familiares, não há mais detalhes a serem fornecidos”.

Trajetória

Nascido em 6 de dezembro de 1949, Paulo Caruso cursou arquitetura na USP (Universidade de São Paulo) no início dos anos 1970, mas não exerceu a profissão.

Segundo informações do site do artista, no fim dos anos 1970, Paulo Caruso colaborou em O Pasquim, ao lado de nomes consagrados, como os cartunistas Jaguar (1932), Millôr Fernandes (1923), Ziraldo (1932) e Henfil (1944 – 1988).

Também atuou em várias publicações especializadas em humor e quadrinhos, como, Chiclete com Banana, Geraldão e Pasquim 21, reedição recente do jornal, fechado no início da década de 1990. Caruso se dedicou à produção de espetáculos musicais e teatrais.

Em 1985, no Salão de Humor de Piracicaba, no interior de São Paulo, uniu a paixão pela música ao amor pelos cartuns e montou uma banda só com cartunistas.

Atualmente, publicava charges na revista Época e no programa de entrevistas Roda Viva, da TV Cultura. Tinha também um trabalho com histórias em quadrinhos e tocava na banda Conjunto Nacional.