Associação Brasileira de Supermercados pede medidas de vinícolas contra a violação de direitos no RS

Comunicado surge diante da repercussão do caso do resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão em Bento Gonçalves

Foto: PRF / Divulgação / CP

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou, nessa sexta-feira, uma nota oficial na qual cobra das vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton a implementação de medidas e providências contra a violação de direitos humanos e trabalhistas na Serra gaúcha. O comunicado surge diante da repercussão do caso do resgate de 207 trabalhadores em situação análoga à escravidão, a maioria (197) baianos, em um alojamento terceirizado em Bento Gonçalves, na semana retrasada.

“A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) vem manifestar o seu repúdio diante do conhecimento de notícias divulgadas sobre trabalhadores terceirizados em condições análogas à escravidão para colheita de uva na região de Bento Gonçalves/RS e informar que, imediatamente à ciência do tema, solicitou às vinícolas Salton, Aurora e Garibaldi esclarecimentos e quais providências e medidas adotaram junto a seus fornecedores para cumprir a legislação trabalhista vigente e combater a violação dos direitos humanos e laborais destes colaboradores”, menciona o comunicado.

Na semana passada, as vinícolas gaúchas assumiram o compromisso de cumprir a legislação trabalhista vigente e proibir qualquer tipo de violação aos dispositivos legais, além de promover práticas congruentes de governança e ações de análise e capacitação da cadeia produtiva da vitivinicultura, entre outras ações.

A Abras solicita às vinícolas um cronograma célere de implementação dessas ações, com datas de início de cada iniciativa, a ser acompanhado pela entidade. A Associação finaliza a nota dizendo que “preza pelo cumprimento da legislação e pelas boas práticas nas relações de trabalho em todas as etapas da cadeia de abastecimento”.

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