Reoneração não ameniza tensão sobre o tema combustível no governo

Ações ordinárias e preferenciais da Petrobras fecharam em queda de 2,75% e 2,61%, respectivamente.

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A tensão envolvendo o mercado de combustíveis acirra os gabinetes em Brasília. Se a decisão sobre a reoneração dos combustíveis, especificamente gasolina e etanol não deixou satisfeita a ala política do PT, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates vem se esforçando em torpedear a política de Preço de Paridade de Importação.

As críticas foram tantas que mexeram com os preços das ações da estatal. Mas não foram apenas nessa direção: os custos com a importação da gasolina também foram alvo. Haddad chegou a mencionar que o país pagou R$ 10 o litro do combustível importado no ano passado. Nem mesmo o alto lucro da Petrobras e o fato de ser a segunda maior pagadora de dividendos do mundo no ano passado.

A Petrobras aprovou o pagamento total de cerca de R$ 215,8 bilhões em dividendos aos acionistas em 2022, mais qe o dobro dos R$ 101,4 bilhões distribuídos em 2021. O mercado está atento à movimentação política em torno do tema combustíveis. Apenas na quarta-feira, as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras fecharam em queda de 2,75% e 2,61%, respectivamente.