Assembleia do Cpers rejeita proposta do governo Leite para reajuste do piso do magistério

Sindicato reafirmou exigência de 14,95% para toda a categoria, incluindo os servidores de escola

Por maioria, professores filiados ao Cpers Sindicato rejeitaram, nesta sexta-feira, o reajuste de 9,45% na tabela de remuneração dos professores da rede estadual, já protocolado pelo governador Eduardo Leite, em regime de urgência, na Assembleia Legislativa.

A categoria se reuniu em assembleia geral, realizada na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre. Os sindicalizados reafirmaram a exigência de reajuste de 14,95% para toda a categoria, incluindo os funcionários de escola, servidores da ativa e aposentados – com ou sem paridade -, sem o abatimento de parte da parcela de irredutibilidade.

“Vamos para a luta buscar a nossa vitória. Vamos pressionar”, conclamou a presidente Helenir Aguiar Schürer, na abertura do encontro, após declarar ‘guerra ao governo’. A partir de terça-feira, o Cpers dá início a uma agenda de mobilização em defesa do índice.

Com a proposta do Executivo, o primeiro nível da tabela da categoria atinge o valor do piso nacional do magistério, com repercussão proporcional aos níveis seguintes. O tucano recusou, contudo, estender o reajuste para aposentados sem o confisco da parcela de irredutibilidade.

“O primeiro nível da tabela, o A1, vai para o valor do piso e todos os seguintes terão a repercussão proporcional de 9,45%. A proposta contempla aposentados, mas, como em torno de 20% deles têm uma parcela de irredutibilidade, o reajuste incidiria consumindo parte dessa parcela. O que significaria que parte dos aposentados teriam um reajuste menor ou até não terem o reajuste”, admitiu o chefe do Executivo estadual, ao anunciar a proposta, em fevereiro.

Segundo o governo, o percentual apresentado garante o compromisso de pagamento do piso. O impacto financeiro estimado nas contas do Estado chega a R$ 488 milhões ao ano.