Lula diz que programa de renegociação de dívidas sai na próxima semana

Presidente também confirmou para esta quinta-feira o lançamento do novo Bolsa Família

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

O plano de renegociação de dívidas chamado de “Desenrola” deverá ser apresentado na próxima semana. O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira, 28, durante cerimônia de reinstalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), no Palácio do Planalto. O objetivo é possibilitar o retorno de milhões de brasileiros ao mercado de consumo e acesso a crédito, assim como pequenas empresas.

A proposta prevê a criação de um fundo garantidor estimado em até R$ 20 bilhões para viabilizar a renegociação das contas em atraso.  “Nós temos hoje 51 milhões de pessoas que devem, entre zero e dois salários mínimos, o equivalente a R$ 50 bilhões. Essas pessoas às vezes devem R$ 100,00, R$ 200,00, R$ 300,00… E essas pessoas estão penduradas no Serasa, não podem comprar mais nada, não podem ter mais crédito. Nós vamos ter que dar um jeito de resolver isso. É por isso que o ministro Fernando Haddad está discutindo com a sua equipe, com a Febraban, com o Banco do Brasil, com a Caixa Econômica, com os empresários, para encontrarmos uma proposta de fazer com que essas pessoas se livrem dessa dívida e possam voltar a ser cidadãos plenos, com direito a comprar e fazer crédito outra vez”, afirmou.

No discurso, Lula também afirmou que o novo Bolsa Família será apresentado na quinta-feira, 2, e antecipou a assinatura de um ato normativo com o propósito de barrar a diferença salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função profissional. Segundo o presidente, este anúncio será feito em 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

“Toda hora em que você vai procurar essa lei, parece que ela existe, mas tem tantas nuances, tanta vírgula, que tudo é feito para a mulher não ter o direito. Ou seja, então é preciso fazer uma lei que diga: a mulher deve ganhar o mesmo salário do homem se exercer a mesma função, e pronto. Não tem vírgula. E se não pagar, vai ter que ter alguém para fiscalizar”, disse o presidente.