O governo federal se reuniu nesta terça-feira com entidades representativas de servidores públicos da União para discutir o reajuste salarial da classe e pediu mais tempo para analisar a contraproposta de 13,5%. O Palácio do Planalto prometeu dar uma resposta aos servidores até a próxima sexta-feira.
Na semana passada, funcionários do Executivo federal rejeitaram a recomposição de 7,8% sugerida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pediram um reajuste maior. Nesta terça, o secretário de Gestão de Pessoas e de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Sérgio Mendonça, não levou aos servidores uma nova proposta do governo, mas se comprometeu em solucionar a questão até o fim da semana.
Segundo o secretário, a demanda dos servidores pelo aumento é emergencial, e o governo mostra interesse em fechar a negociação o mais breve possível. Mendonça disse que vai conversar com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, para analisar as possibilidades de melhoria da proposta.
Além disso, Mendonça disse que precisa debater o tema com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, para analisar o impacto financeiro dos 13,5% de reajuste solicitados pelos servidores.
“Vamos estudar os números, mas o mês de março, em questão de reajuste, já foi perdido. Se houver acordo, é para o mês de abril, o que nos permite, com os recursos que estão disponíveis na Lei Orçamentária, até simular a possibilidade de um reajuste um pouco acima dos 7,8% que já foram propostos”, disse o secretário.
Um dos presentes na reunião desta terça, o presidente do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, declarou esperar “que o governo resolva a questão até a próxima semana, para que depois as entidades possam focar nas pautas setorais”, de forma mais específica. Governo e servidores vão se reunir novamente na terça-feira da próxima semana.