Os economistas do mercado financeiro elevaram, pela décima primeira vez consecutiva, a estimativa de inflação deste ano de 5,89% para 5,90% e também passaram a prever uma alta maior do Produto Interno Bruto (PIB). A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira, 27, pelo Banco Central com a estimativa de mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia.
Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Se confirmado, esse será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação. Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro ficou estável em 4,02% na semana passada.
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro elevou sua previsão de 0,80% para 0,84%. Foi a segunda alta seguida na estimativa. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Já para 2024, a previsão de crescimento permaneceu estável em 1,5%.
O mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, estável em 12,75% ao ano para o fim de 2023. Atualmente, a taxa Selic já está em 13,75% ao ano. O Copom também vem sinalizando de que os juros vão se manter altos por um período mais prolongado.
Quanto ao dólar, a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 permaneceu em R$ 5,25. Para o fim de 2024, subiu de R$ 5,29 para R$ 5,30. Já para a Balança comercial, a projeção recuou de US$ 57,9 bilhões para US$ 57,4 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo caiu de US$ 56,8 bilhões para US$ 54,6 bilhões.