Hoje pela manhã, os funcionários da empresa Firma de Mergulho (FDM) seguiam aguardando a liberação da Prefeitura de Cachoeirinha para continuar os trabalhos na área do píer da Praça do Ecoturismo, onde está o ponto de depósito do lixo e das plantas aquáticas coletadas pela barreira de contenção no rio Gravataí. Também na quarta-feira, foi instalada mais abaixo no leito outra destas proteções, presas por correntes, para segurar os materiais sólidos, caso os mesmos se soltassem das estruturas anteriores.
Os trabalhos foram interrompidos ainda cedo da manhã na terça-feira, devido à lotação do píer, e só podem continuar depois da liberação da Administração Municipal. “Estamos retirando a vegetação para acessar os detritos. Esta vegetação já está bastante misturada com eles, então será levada para um local onde haverá a separação”, afirma o engenheiro Pedro Sidou, responsável pelos trabalhos de remoção por parte da FDM.
“Desde o início do problema, a nova gestão não fugiu da responsabilidade, convocando um comitê emergencial formado por técnicos e representantes das cidades que fazem parte da bacia do rio Gravataí, com o objetivo de realizar o mais rápido possível, dentro da legislação, a remoção destes detritos”, disse o prefeito de Cachoeirinha, Cristian Wasem. A retroescavadeira estava parada na manhã desta quarta-feira, acima da montanha de lixo, e o operador da máquina aguardava no local.
Enquanto isso, as plantas seguiam se movimentando pelo rio Gravataí, e parando na barreira. A estratégia dos técnicos foi contar com a chuva dos últimos dias, que fez o nível do rio subir e o lixo de movimentar pelo leito. A decisão foi tomada porque a área onde está a maior parte dos resíduos sólidos é estreita e não pode ser acessada pelo flutuador, sobre o qual está a retroescavadeira. Árvores caídas no rio também dificultam o deslocamento do maquinário.
Já se sabe também que o lixo será encaminhado pela Prefeitura, depois da triagem e separação dos resíduos, à empresa CRVR, de São Leopoldo, que recebe o lixo domiciliar de Cachoeirinha. Devido aos trabalhos, parte da área da Praça do Ecoturismo está restrito ao acesso de pedestres, embora alguns se dirijam ao local de maneira eventual para observar a movimentação dos técnicos. “A parte vegetal vira compostagem e o plástico e outros detritos, encaminhados a um local pertinente”, afirma Sidou. Este local deverá ser um dos ecopontos mantidos pela Administração.