O Instituto-Geral de Perícias (IGP) concluiu na manhã desta terça-feira (21) a perícia de engenharia na ponte pênsil que liga Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, a Passo de Torres, em Santa Catarina. A estrutura, que conta com 80 metros de extensão, virou na madrugada dessa segunda-feira fazendo com que pessoas caíssem nas águas do rio Mampituba.
Conforme o delegado Marcos Vinicius Muniz Veloso, que está à frente do caso, a medida é uma das demandas solicitadas pela Polícia Civil gaúcha, que busca apurar as responsabilidades da ocorrência.
“Essa perícia acabou de ser concluída. Eu estava agora no local com o perito, pois ontem estava chovendo muito e ela acabou sendo parcialmente concluída, uma vez que os peritos precisavam tirar fotos aéreas com um drone, o que foi feito nesta manhã por que cessou um pouco as chuvas”, disse. Segundo o policial, as investigações são de responsabilidade da Polícia Civil gaúcha devido ao cabo que rompeu da ponte estar posicionado do lado de Torres.
O delegado também destaca que vídeos coletados devem passar por um trabalho do IGP. “Temos que também que analisar essas imagens, sendo que alguns devem ser submetidos ao exame pericial, para que, por exemplo, a perícia constate quantas pessoas haviam sobre a ponte”, reforça o policial, que salienta, ainda, que o inquérito está em uma fase inicial.
Após coletar informações através de depoimentos, Muniz descartou a hipótese de que as pessoas teriam corrido em direção à ponte por conta de um tiroteio em Passo de Torres.
“Essa situação ocorreu depois. Se você for analisar os vídeos que circulam em redes sociais, se houvesse disparos ou tiroteio, as pessoas sairiam correndo. E o que se vê nas imagens são pessoas no município de Passo de Torres assistindo pessoas pulando Carnaval. Então, em um primeiro momento não vemos nenhuma atitude de desespero de alguém que estivesse fugindo de algum tiroteio”, detalha.
Durante as investigações, a Polícia Civil também buscará confirmar se uma embarcação bateu e danificou parte da estrutura no início de fevereiro.
A instituição tem o prazo de 30 dias para concluir o inquérito policial.