Familiares ficam apreensivos com desaparecimento de jovem que pode ter caído da ponte em Torres

Buscas por Brian Grando prosseguem em operação conjunta de autoridades

Foto: Fabiano do Amaral / Divulgação

As buscas ao jovem Brian Grando, 20 anos, o único desaparecido na queda da ponte pênsil no tio Mampituba, em Torres, na madrugada de segunda-feira, prosseguem nesta terça-feira. A estrutura virou devido ao sobrepeso, tendo capacidade para apenas 20 pessoas. Na hora do acidente, conforme testemunhas, mais de 100 estavam no local, retornando de uma festa de carnaval em Passo de Torres, do outro lado do rio, já em Santa Catarina.

Brian havia saído de casa para curtir o carnaval e deixou a sua bicicleta no lado gaúcho, bem no começo da ponte. De acordo com o tio do jovem, Ériton Alves, ele estava conversando pelo telefone com uma das irmãs, Bruna, na hora do incidente. “Pouco antes do acidente, o Brian mandou uma mensagem pelo WhatsApp para a Bruna, dizendo que a festa havia acabado e ele iria atravessar de volta”, relatou o parente. “E ele não quis pegar uma carona de carro pois tinha deixado a bicicleta na ponte e queria pegar ela de volta”, disse. Ainda conforme Ériton, neste momento o telefone de Brian saiu do ar. “A polícia rastreou o telefone e constatou que ele parou de funcionar bem aqui na área do acidente”, garantiu Ériton.

O tio afirmou ainda que Brian é muito caseiro. “Não é muito de sair e quando o faz, é sempre com as irmãs ou comigo”, ressaltou. “E agora a nossa ficha está caindo, afinal o Brian nunca desgruda da bicicleta. Ele não iria abandonar ela aqui”, constatou.

A mãe de Brian, Cristiane Santos, está acompanhando as buscas feitas pelo Corpo de Bombeiros e a Brigada Militar. Ontem ela estava mais calma, porém no momento está muito abalada e angustiada. “A Cristiane está sendo medicada e sem condições de falar”, completou Ériton.

Operação 

O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Cansi, ressalta que a operação de resgate segue com mergulhadores, guarda-vidas e bombeiros militares, contando com o apoio da Brigada Militar e embarcações até que o jovem seja localizado.

O comandante destacou, ainda, ter a esperança de que ocorra com o rapaz o mesmo dos demais desaparecidos, que ao longo do dia foram sendo localizados em suas residências, ao lado de familiares. Os bombeiros têm trabalhado ainda com vários fatores, como temperatura da água, maré e vento. “Então são feitos os cálculos e nós já delimitamos vários serviços desde a boca da Barra do rio até cerca de 800 metros para cima do local  do acidente”, destacou Cansi.

Uma equipe do Instituto-Geral de Perícias recolheu um cabo de ferro rompido, que será analisado no Centro de Excelência em Perícias Criminais. Com objetivo de apurar as responsabilidades, o caso também é investigado pela Polícia Civil gaúcha.