Projeto Help realiza ação focada em saúde mental em estação da Trensurb

Passageiros da Estação Mercado vão poder conversar com os voluntários do projeto

Foto: Alina Souza/Correio do Povo

Neste sábado, das 10h às 12h, a Estação Mercado, no Centro Histórico de Porto Alegre, recebe a ação ‘Vida sobre Trilhos’, do projeto Help, focada em saúde mental e valorização da vida. Durante a iniciativa, os voluntários irão distribuir mensagens motivacionais aos usuários do metrô e oferecer um local de escuta qualificada, o ‘Cantinho do Desabafo’, onde ficam à disposição para ouvir e conversar com quem esteja necessitando de apoio emocional.

Também vão ser promovidas dinâmicas interativas, buscando incentivar que o público alcance sua própria história de superação. O projeto disponibiliza ainda o acompanhamento das pessoas atendidas e atendimentos por telefone, através do número (11) 4200-0034.

Historicamente, o Rio Grande do Sul é o estado com a maior taxa de suicídio do Brasil, chegando a 12,4 mortes a cada 100 mil habitantes. Já Porto Alegre lidera o ranking das capitais com mais pessoas depressivas: 17,5% dos adultos, de acordo com a Pesquisa Vigitel 2021, do Ministério da Saúde.

Conforme a coordenação do Help, esses fatores estimulam os participantes a prestar serviços à comunidade, seja ao conscientizar sobre a saúde mental e valorização da vida, ou ao amparar pessoas que lidam com ansiedade, depressão, síndrome do pânico e desejos de suicídio. Lidando com temas muitas vezes vistos como tabu na sociedade, o grupo busca realizar um trabalho social, apresentando meios para que as pessoas superem problemas e, com isso, possam ter motivação para reconstruir sua saúde mental.

A parceria com a Trensurb teve início em outubro do ano passado, alcançando mais de 6 mil usuários do metrô nos seis municípios atendidos pela linha do trem.

“O lema do Help é: Não te julgo, te ajudo. A gente já inicia a conversa nisso, é sem julgamento. No Help, já senta o jovem, no Cantinho do Desabafo, e então a gente ouve o que ele tem a dizer, porque muitas vezes a pessoa não tem quem a ouça, né? E aquela escuta qualificada que a gente faz, é feita sem julgamento. Quando se fala para o jovem, tu vai falar de uma coisa que já viveu. Então tem um poder maior na tua fala”, declarou Fabiana Martens, coordenadora do projeto em Porto Alegre.