Os brasileiros destinam até 46% da renda doméstica para as contas de alimentação e combustível. O resultado é da pesquisa feita pela Elo, uma das principais empresas de tecnologia de pagamentos do país, gerida pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica e Bradesco. Os dados foram coletados de 2020 até o final de 2022, considerando mais de 43 milhões de cartões ativos da marca, com a média anual de mais de 4,5 bilhões de transações financeiras gerenciadas pela empresa, em todos os estados do país.
Em termos de compras no comércio eletrônico, o estudo mostrou que os gastos das pessoas com renda mais alta aumentaram 44% após a pandemia de Covid-19. Enquanto isto, a classe média e os mais ricos gastam no mínimo R$ 199 por compra, enquanto as classes baixas caem para R$ 59 por compra.
O valor médio desses negócios cresceu 23% no período analisado. Conforme o estudo, os brasileiros de todos os grupos econômicos preferem as opções de compras online, mostrando que 91% das compras no comércio digital são realizadas no crédito. A pesquisa mostra ainda uma recuperação nas viagens e nos gastos com viagens, com compras de 48% e gastos de 45% em média. O crescimento do setor é impulsionado pelo público com maior poder aquisitivo: 91%.
O estudo mostrou que após o período de confinamento pandêmico, essas pessoas puderam arcar com aumentos de preços e pacotes de viagens. O efeito das taxas de câmbio, da inflação e dos conflitos internacionais nos preços dos combustíveis explica o aumento dos custos e preços dos transportes. Há um aumento de 85% na preferência pelas opções de crédito parcelado, com foco no comércio digital, com 99% das compras feitas online. O crédito parcelado representou 89% das compras nessa modalidade.