Os municípios gaúchos já podem começar a aplicar a vacina bivalente contra a Covid-19 em idosos com 70 anos ou mais nos postos de saúde. Na última terça-feira (14), o Rio Grande do Sul iniciou a nova etapa da imunização, restrita aos idosos em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). A prioridade segue para os idosos institucionalizados, mas o excedente de doses que cada município tiver recebido pode ser aplicado nesse segundo grupo.
Considerando que a campanha em âmbito nacional começa oficialmente no próximo dia 27 e, logo, o sistema de informações nacional só poderá ser abastecido a partir desta data, a recomendação do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) é de restringir a aplicação de doses da vacina bivalente em um ou, no máximo, dois postos de saúde por município.
“Até o dia 27, cada município vai precisar realizar um controle próprio das vacinas aplicadas, para só depois repassar ao sistema de informações do Ministério da Saúde”, explica a diretora do Cevs, Tani Ranieri. “Quanto antes a população de 70 anos estiver vacinada, nós estamos dando a proteção individual e a proteção coletiva, ou seja, cuidando das pessoas e evitando a Covid”, afirmou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
“É fundamental que os municípios mantenham esse registro interno, para que as vacinas aplicadas até aquele momento sejam devidamente contabilizadas para a cobertura vacinal da nossa população e que cada um tenha seu efetivo registro no ConecteSUS”, salientou.
Até agora, a Secretaria da Saúde já recebeu e distribuiu 257,5 mil doses bivalente. A expectativa, de acordo com o cronograma do Ministério da Saúde, é que o Rio Grande do Sul receba um total de 1,2 milhão de doses até 1º de março. Depois disso, segue a entrega periódica de vacinas bivalente, ainda sem cronograma definido.
Sobre a vacina bivalente
A vacina bivalente conta com cepas atualizadas contra o coronavírus. “Ela protege contra as duas maiores variações da Ômicron, que são de maior preocupação e registraram o maior número de casos na última grande onda a nível nacional. Por ser mais específica, essa vacina tem maior potencial de desenvolver imunidade, principalmente naquelas pessoas que de alguma maneira tem um sistema imunológico mais enfraquecido”, enfatizou a diretora Tani.
Para receber essa dose, a pessoa precisa ter concluído, pelo menos, o esquema primário da vacinação contra covid-19, composto pelas duas primeiras doses ou dose única das vacinas monovalentes.
Etapas
Fase 1: pessoas de 70 anos ou mais; pessoas vivendo em instituições de longa permanência (abrigados e os trabalhadores dessas instituições); imunocomprometidos; comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
Fase 2: pessoas de 60 a 69 anos de idade;
Fase 3: Gestantes e puérperas;
Fase 4: Trabalhadores da saúde;
Fase 5: Pessoas com deficiência permanente.
As pessoas que não fazem parte do grupo prioritário para as vacinas bivalentes e não iniciaram a vacinação, ou que estão com o esquema de duas doses monovalentes incompleto, deverão completar o esquema vacinal já preconizado com as vacinas monovalentes.
“Temos estudos comprovando que a resposta imunológica das vacinas contra a Covid-19 não são permanentes. Atualizar o esquema vacinal é extremamente importante”, completou Tani. “A gente só conseguiu diminuir o número de casos e óbitos por covid-19 por causa da vacinação”.