O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) publicou, nesta quinta-feira, uma pesquisa realizada com dados dos registros civis de todo o Brasil. Conforme o levantamento, o país observou um crescimento de 18% no número de mortes em 2021 na comparação com o ano de 2020. Ao todo, 1.786.374 milhões de brasileiros perderam a vida no período.
No ano anterior, 1.513.575 mil óbitos foram reportados. O dado de 2021 é o maior registrado na série histórica, observada desde 1984. Levando em consideração o começo da pandemia da Covid-19, em março de 2020, o Brasil identificou um crescimento no número de mortes de 14,9% em relação a 2019.
Março foi o mês com o maior número de mortes em todo o ano. Segundo o IBGE, 202.511 óbitos foram identificados nos registros. Um avanço de 77,8% em comparação ao ano de 2020.
Faixa etária
De acordo com a pesquisa, 68,2% dos óbitos foram de pessoas com 60 anos ou mais de idade. Neste nicho, pessoas com 80 anos ou mais representaram 27,5% das mortes. De 70 a 79 anos, o número foi de 21,4%.
Em números absolutos, o maior crescimento de pessoas que perderam a vida foi observado nas faixas etárias de 60 a 69 (63.353 mil) e de 50 a 59 anos (56.312 mil). O maior aumento relativo foi reportado na faixa de 40 a 49 anos, correspondendo a 37.060 óbitos a mais
Mulheres e homens
No estudo do IBGE, o aumento de óbitos femininos foi de 20%, sendo superior ao masculino de 16,5%. No período, a razão de sexos diminuiu de 128 para 124 óbitos masculinos a cada 100 femininos. No segmentos das causas (naturais ou externas), os dados foram de 115 óbitos naturais masculinos para 100 femininos.
Nas ‘não naturais’, a cada 5 homens mortos, uma mulher falecida. Entre a faixa etária de 20 a 24 anos, esse número sobe para 10 mortes masculinas e 1 feminina.