O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma elevação de 0,2% em dezembro ante novembro de 2022. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira, 15, no Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com dezembro de 2021, a atividade econômica teve expansão de 1,4% em dezembro do ano passado. No acumulado de 2022, a atividade econômica do país cresceu 2,9%.
A Formação Bruta de Capital Fixo atingiu o maior nível desde a recessão contabilizada no período de 2014 a 2016, enquanto o consumo das famílias foi recorde na série histórica iniciada em 2001, crescendo 4,0% em função do consumo de serviços, enquanto o consumo de bens duráveis encolheu.
Segundo Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB o crescimento de 2,9% da economia em 2022 foi influenciado principalmente pelo setor de serviços, que contribuiu com mais de 80% para o bom desempenho da economia. “Apesar deste desempenho positivo, outra característica marcante de 2022 foi a desaceleração do crescimento ao longo do ano. Em consequência dos patamares elevados de juros e de endividamento das famílias, o quarto trimestre do ano encerrou com queda”, afirmou Juliana.
A exportação de bens e serviços registrou crescimento de 6,0% em 2022, enquanto a importação aumentou 0,9%. Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 9,8 trilhões no ano de 2022, em valores correntes. Conforme a fundação, o resultado do PIB finalmente ultrapassou o valor do PIB de 2014, até então o maior desde 2001. “A valores de 2022, o PIB per capita equivale a R$ 45.706, valor inferior ao de 2010. A valores de 2022, a produtividade da economia foi de R$ 85.105 em 2022. Este resultado é um dos menores da série histórica, inferior à produtividade de 2008”, acrescentou a entidade.