A Polícia Civil confirmou à Rádio Guaíba, nesta terça-feira, que identificou dois homens responsáveis por golpes através do Grindr, um aplicativo de relacionamento direcionado à comunidade LGBTQIA+, em Porto Alegre. Segundo a corporação, ao menos seis pessoas foram vítimas de uma dupla, mas a polícia suspeita que mais pessoas façam parte do bando.
Conforme a investigação, depois de marcarem um falso encontro sexual na casa das vítimas, os criminosos as surpreendiam com o anúncio do roubo. A dupla agia mascarada e armada. A vítima tinha a casa roubada e, por vezes, era amarrada, agredida, amordaçada e obrigada a fazer transferências via Pix.
De acordo com a delegada Andrea Mattos, os suspeitos identificados durante a ‘Operação Moedor’ respondiam pela parte financeira do golpe e não eram, efetivamente, os executores dos crimes. Um deles, segundo a delegada, era o líder do esquema. A investigação agora busca identificar os demais envolvidos nos crimes.
“Eles procuravam as vítimas e ofereciam sexo a três. Marcavam o encontro na casa da vítima e, na sequência, anunciavam o roubo. O que a gente quer agora são os executores. O que temos agora são as pessoas que faziam a movimentação financeira, acredito que um deles seja a cabeça do esquema”, declarou a titular da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI).
Questionada, a delegada evitou detalhar como chegou aos suspeitos já identificados, a fim de não comprometer as investigações. Foram apreendidos os celulares da dupla. A Justiça, no entanto, negou o pedido de prisão preventiva apresentado pela DPCI. Com isso, ambos seguirão em liberdade.