Estudo da FGV revela que Brasília é a capital com maior renda do país

Entre as capitais, Porto Alegre ocupa a segunda colocação com uma média de R$ 3.775

Porto Alegre | Foto: Alina Souza/CP

Onde estão os mais ricos no Brasil? Como a pandemia afetou a desigualdade geral e a distribuição geográfica da riqueza da nação? Estas são algumas perguntas que foram respondidas com a nova pesquisa Mapa da Riqueza, desenvolvida pelo FGV Social, onde Brasília aparece em primeiro lugar no ranking das unidades da federação com uma média de declarantes de R$ 12.626,54, enquanto o Rio Grande do Sul tem R$ 8.536,85.

Porto Alegre ocupa a segunda colocação entre as capitais nacionais com a maior renda média, com um valor de R$ 3.775, onde a liderança é de Florianópolis, com R$ 4.215. A unidade da Federação com a menor declaração de patrimônio por habitante é o Maranhão (R$ 6.3 mil). No outro extremo está o Distrito Federal (R$ 95 mil), onde há muita concentração de riqueza, liderada pelo Lago Sul (R$ 1,4 milhão). A renda por habitante no bairro é de R$ 23.241,00, três vezes maior que o município mais rico do Brasil, que é Nova Lima, na Grande BH (R$ 8.897,00).

DESIGUALDADE

Conforme o estudo, a desigualdade de renda no Brasil é ainda maior do que o imaginado, com base nos dados do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) à da Pnad Contínua referente ao ano de 2020: o índice de Gini (instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo) chegou a 0,7068 em 2020, bem acima dos 0,6013 calculados apenas a Pnad contínua.

Outro objetivo do estudo é mapear os fluxos de renda e estoques de ativos dos mais ricos brasileiros a partir do último IRPF disponível. Esta análise é útil para desenho de reformas nas políticas de impostos sobre a renda e sobre o patrimônio. “Assim, podemos pensar os critérios para declaração do imposto de renda como uma linha de riqueza que permite identificar os residentes no país com maior poder de compra”, ressalta Marcelo Neri.