Semana marca volta da reunão do Copom sobre taxa de juros no Brasil

Nos EUA, expectativa é desacelerar o ritmo de aperto monetário iniciado no ano passado

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Se faltaram fortes emoções na economia na semana passada, com o dólar recuando para R$ 5,11 no fechamento de sexta-feira, com queda de 1,85% na semana e 3,16% no acumulado do mês, e os Investidores digerindo a nova desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que avançou 2,9% no quarto trimestre (3,2% no terceiro e 2,1% no acumulado de 2022, a semana deve começar tensa. Na primeira super quarta-feira do ano, 1, o Banco Central do Brasil e o Federal Reserve, nos Estados Unidos, decidirão sobre o futuro da política monetária.

Em Brasília, o foco estará no fim do recesso parlamentar e os líderes do Senado e da Câmara serão eleitos na próxima quinta-feira 2, o que deverá ser fundamental para o avanço, ou não, da reforma tributária e da nova âncora fiscal. Antes disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne a partir de terça-feira, 31, e os analistas do mercado financeiro consideram que a Selic será mantida no atual patamar de 13,75% ao ano. O ciclo de alta da taxa básica de juros foi interrompido no último mês de setembro, após 12 elevações consecutivas.

Outro destaque da agenda da semana brasileira é a divulgação da produção industrial do último mês de dezembro. No mercado, a expectativa é de uma queda de 0,1% em relação a novembro, com retração mensal de 0,5% do segmento extrativista e estabilidade na parte de manufatura. Além disso, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) deve ser divulgado na terça-feira, 31, com previsão de desaceleração na criação de empregos formais em dezembro.

JUROS NOS EUA

Nos Estados Unidos, ao contrário do mercado brasileiro, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) deverá desacelerar o ritmo de aperto monetário iniciado no ano passado. Grande parte dos analisas revelam uma elevação 25 pontos-base, para o intervalo entre 4,50% e 4,75%.

Mas a semana do mercado norte-americano reserva ainda, na sexta-feira, 3, a divulgação dos dados oficiais do mercado de trabalho nos EUA. A expectativa é que 185 mil vagas de emprego tenham sido geradas no país em janeiro, bem inferior aos 223 mil de dezembro. Com isso, a taxa de desemprego projeta um crescimento de 3,5% para 3,6%.