O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria-Geral da República (PGR), denunciou nesta sexta-feira mais 150 pessoas por participação nos atos de vandalismo de 8 de janeiro, em Brasília. É a quinta leva de denúncias apresentada pela PGR.
No total, 254 pessoas já foram citadas pelo MPF por envolvimento na invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os denunciados nesta sexta foram detidos no acampamento localizado em frente ao Quartel General do Exército, na capital federal, em 9 de janeiro, dia seguinte aos ataques. Eles foram levados para unidades do sistema prisional do DF. Os presos já passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão preventiva decretada.
O MPF acusa o grupo de associação criminosa e incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais, de acordo com o Código Penal.
A denúncia da PGR aponta que o acampamento no QG era “uma evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” dos vândalos. O texto, que narra a sequência de acontecimentos até a formação do acampamento, é assinado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do MPF.
A denúncia reúne imagens e mensagens apontando, segundo os investigadores, a existência de uma estrutura de estabilidade e permanência das pessoas no acampamento do QG. De acordo com a denúncia, o local vinha funcionando como uma espécie de vila, com espaço para refeições, feira, transporte, atendimento médico, sala para teatro de fantoches, massoterapia, carregamento de aparelhos e até assistência religiosa.