O nome de Jean Paul Prates foi aprovado nesta quinta-feira, 26, por unanimidade, em reunião do Conselho de Administração da Petrobras como novo presidente. O mandato dele vai até abril deste ano, quando poderá ser reconduzido ao cargo por um novo período ainda a ser definido. O agora ex-senador – ele renunciou ao cargo nesta manhã – assume o comando interino sob pressão da União por uma mudança nos rumos da política de preços de combustíveis.
O estatuto da companhia apresenta limitações fazendo com que a Petrobras contribua com políticas públicas. Dentre as exigências, o estatuto prevê que a companhia deverá ser compensada pelo governo, quando for chamada a realizar atividades de modo a contribuir para o interesse público.
Sendo assim, analistas apontam que uma ruptura na política de preços de diesel e gasolina atualmente poderia desequilibrar o mercado e causar riscos de desabastecimento, porque o país depende das importações desses produtos.
Nesta semana, a Petrobras reajustou o valor da gasolina nas refinarias em 7,5%, mas o percentual pode não ser suficiente. Segundo cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, os preços do diesel da Petrobras considerando média nos principais polos de venda às distribuidoras está 2% abaixo da paridade de importação, enquanto a gasolina está 4% abaixo.