Inflação medida pelo IPCA-15 em Porto Alegre chega a 4,07% em 12 meses

Em janeiro de 2022, o IPCA-15 foi de 0,21%, contra 0,34% agora

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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de janeiro foi de 0,34% na Região Metropolitana de Porto Alegre, 0,22 ponto percentual abaixo do resultado de dezembro (0,56%). A informação foi divulgada neste terça-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta, abaixo da média nacional (0,55%), foi a quarta consecutiva do IPCA-15, após dois meses de deflação. Nos últimos 12 meses, o índice acumulou 4,07%, acima dos 3,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2022, o IPCA-15 foi de 0,21%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em janeiro. O grupo Comunicação teve a maior variação (2,25%) e o maior impacto (0,12 ponto percentual) no primeiro mês do ano. A seguir, veio Habitação (0,72%), que contribuiu com 0,10 ponto percentual. Destaque ainda para os resultados de Saúde e cuidados pessoais (0,67% e 0,09 ponto percentual) e de Despesas pessoais (0,68% e 0,07 ponto percentual), que aceleraram em relação a dezembro (respectivamente, 0,23% e 0,68%). Já Alimentação e bebidas teve queda de 0,47%, após alta de 0,44% no mês anterior. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,23% em Artigos de residência e a alta de 0,72% de Vestuário.

Em Comunicação (2,25%) a principal contribuição veio do combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,24%), maior impacto positivo individual (0,06 ponto percentual) para o índice de janeiro. O resultado do grupo foi influenciado também pelas altas de tv por assinatura (11,78%), acesso à internet (3,19%) e aparelho telefônico (0,92%).

No grupo Habitação (0,72%), houve em janeiro aumento nos preços do aluguel residencial (1,80%), da energia elétrica (0,94%), do condomínio (0,62%) e do gás de botijão (0,43%).

O grupo Saúde e cuidados pessoais acelerou de dezembro (0,23%) para janeiro (0,67%), principalmente pela alta nos preços dos itens de higiene pessoal (1,80%), que haviam subido 0,29% em dezembro. Destacam-se as altas de perfume (3,23%) e produtos para pele (4,58%). Além disso, os planos de saúde (1,17%) repetiram a variação do mês anterior, refletindo a incorporação da fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

Em Despesas pessoais (0,68%), a alta se deve principalmente aos serviços de cabeleireiro e barbeiro (2,66%) e serviços bancários (1,72%). Já os serviços de hospedagem (-2,38%) tiveram queda, após 11 meses consecutivos de variações positivas.

A variação negativa em Alimentação e bebidas (-0,47%) foi puxada pela queda nos preços dos alimentos para consumo no domicílio (-0,83%). As principais influências para esse resultado vieram da cebola (-17,81%), do tomate (-5,75%), do leite longa vida (-4,20%) e das carnes (-0,66%). No lado das altas, destacam-se a laranja-baía (18,11%), maior variação entre todos os subitens que compõem o IPCA-15, e a batata-inglesa (6,17%).

A alimentação fora do domicílio (0,58%) acelerou em relação ao mês anterior (0,17%). O lanche teve alta de 1,28% e, a refeição, de 0,33%.