Entre trancos e barrancos, a economia brasileira chega a sua última semana inteira para o mês de janeiro com um grande fluxo de indicadores, seja no Brasil ou nos Estados Unidos com forte impacto por aqui. Com o fim do Fórum Econômico Mundial, em Davos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, retorna ao país e a expectativa é que assuntos relacionados ao pacote de ajuste fiscal e a reforma tributária voltem a dominar as atenções dos investidores e do mercado.
Além de recompor as relações com o Banco Central e o mercado, depois das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre autonomia da autoridade monetária e meta de inflação, o ministro Haddad tem o desafio de fazer a leitura das estimativas dos analistas do mercado financeiro contidas no Relatório Focus, que será divulgado na manhã desta segunda-feira, 23. Já na terça-feira, 24, o destaque fica por conta dos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) uma prévia da inflação do mês, divulgado pelo IBGE.
Analistas estimam um crescimento mensal de 0,48%, levando a taxa anual para 5,8%, abaixo dos 5,9% de dezembro. A avaliação é que o indicador vai ser pressionado por bens industriais (especialmente itens de higiene e vestuário) e alimentação em casa (especialmente in natura). Na quinta-feira, 26, tem a divulgação das contas externas pelo Banco Central, com o mercado estimando um déficit corrente de US$ 6,4 bilhões no mês de dezembro, menor que os US$ 7,7 bilhões negativos registrados um ano antes. Para a balança comercial, a previsão é de superávit de US$ 3,5 bilhões.
PIB DOS EUA E BALANÇOS DAS BIG TECHS
No exterior, as atenções se voltam para os Estados Unidos, onde será divulgado o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano, anunciou o corte de 10 mil funcionários, justificando um cenário de adversidades e um ajuste de estratégia.
Na quarta-feira, 25, é a vez dos resultados da Tesla. A expectativa é de crescimento para os lucros da fabricante de carros elétricos de Elon Musk no período. Na quinta-feira, 26, o mercado vai conhecer a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) americano no quarto trimestre de 2022.