O segundo depoimento do ex-ministro Anderson Torres, marcado para acontecer na manhã desta segunda-feira (23), foi adiado. A oitiva seria realizada no 4º Batalhão da Polícia Militar, onde Torres está preso desde 14 de janeiro, quando desembarcou dos Estados Unidos em Brasília.
A defesa de Torres esteve no local e solicitou mais tempo para analisar os autos antes do novo interrogatório, que foi marcado para 2 de fevereiro. Até lá, o ex-ministro deve seguir preso no 4º Batalhão.
O adiamento cumpre uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No despacho, o magistrado intima a Procuradoria-Geral da República (PGR) a acompanhar o caso.
No primeiro depoimento, prestado na última quarta-feira (18), Torres optou por ficar em silêncio. A expectativa é que, na próxima oitiva, ele fale sobre o motivo de não ter entregue o aparelho celular à Polícia Federal, além de esclarecer sobre o envolvimento ou não do governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB), nos atos que culminaram na invasão dos prédios públicos dos três Poderes.
O inquérito investiga se houve omissão por parte de Torres na gestão da segurança durante os atos extremistas. Isso porque ele era o secretário de Segurança Pública do DF à época e não estava no Brasil, mesmo com as manifestações programadas pelas redes sociais.
Torres viajou aos Estados Unidos de férias antes mesmo do período programado no Diário Oficial e em meio à programação de invasão a Brasília.