O mercado deu a sua resposta à declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticando a independência do Banco Central, e ter dito que a atual meta da inflação atrapalha crescimento – indicando que pode atuar para elevá-la. Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação deste ano de 5,39% para 5,48% pela sexta vez consecutiva. A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira, 23, pelo Banco Central, com a opinião de mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia.
Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro subiu de 3,70% para 3,84% na semana passada.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro subiu sua estimativa de 0,77% para 0,79%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e mede a evolução da economia do país. Já para 2024, a previsão de crescimento permaneceu estável em 1,5%.
O mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, estável em 12,50% ao ano para o fim de 2023. Atualmente, a taxa Selic já está em 13,75% ao ano. O Copom também vem sinalizando de que os juros vão se manter altos por um período mais prolongado.
Quanto ao dólar, a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 continuou em R$ 5,28. Para o fim de 2024, permaneceu em R$ 5,30. Já para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de US$ 57,2 bilhões para US$ 58 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo continuou em US$ 52,4 bilhões.