A defesa de Ibaneis Rocha (MDB) deve entregar para a Polícia Federal, na manhã desta segunda-feira (23), o celular do governador afastado. A entrega é uma ação voluntária após a casa e os escritórios dele terem sido alvos de um mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (20).
De acordo com os advogados do governador, ele não estava na capital federal quando as equipes policiais foram até a casa dele, ao escritório de advocacia em que ele atuou e ao Palácio do Buriti, sede do governo local. Por isso, a entrega será feita nesta segunda para que o mandado de busca seja integralmente cumprido.
O governador se tornou alvo de investigação após os atos de vandalismo nas sedes dos três poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro. Na Esplanada dos Ministérios, os prédios do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto foram invadidos e tiveram vidraças e objetos destruídos por manifestantes contrários ao atual governo.
Ainda na sexta-feira (20), o chefe do executivo local se pronunciou em suas redes sociais e afirmou que a operação deve demonstrar a inocência dele em relação aos fatos ocorridos no dia da manifestação.
“A operação realizada em minha casa, no meu gabinete e até no escritório do qual estou licenciado há mais de 4 anos vai mostrar minha completa inocência em relação aos lamentáveis fatos do último dia 8 de janeiro”, afirmou Ibaneis.
Também investigado, o ex-secretário de segurança Anderson Torres continua preso no 4º Batalhão da Polícia Militar do DF, por suspeita de omissão ou facilitação dos atentados. Ele deve prestar um novo depoimento à Polícia Federal nesta segunda (23). Na última quarta-feira (18), Torres se manteve em silêncio em seu primeiro depoimento.