O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, abriu uma ação de investigação eleitoral para avaliar se o ex-presidente Jair Bolsonaro usou as dependências do Palácio do Planalto e do Palácio da Alvorada para fazer campanha eleitoral. O caso pode tornar o ex-presidente inelegível se forem constatadas irregularidades.
O procedimento vai avaliar se ocorreu abuso de poder econômico no uso da estrutura pública para a realização de encontros com políticos, governadores e artistas durante a campanha eleitoral do ano passado. O ex-presidente é alvo de outras 15 investigações do tipo.
O magistrado atendeu a pedido da Coligação Brasil Esperança, composta pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para avaliar o caso. Os partidos apontaram que Bolsonaro usou espaços públicos para se encontrar com políticos e personalidades, realizando entrevistas em que os convidados abriam apoio à candidatura dele e do vice na chapa, Walter Braga Netto.
Entre os eventos citados está um “almoço com artistas e cantores sertanejos no Palácio da Alvorada, com a presença de Gusttavo Lima, Leonardo, Chitãozinho, Fernando Zor, Zezé di Camargo e Marrone, em 17/10/2022”. Além das reuniões e entrevistas, Bolsonaro, de acordo com a ação, aproveitou a ocasião para fazer publicações nas redes sociais com finalidade eleitoral. A defesa de Bolsonaro afirmou que vai contestar as acusações “em momento próprio”.