Uma investigação iniciada há sete meses teve a 3ª fase concluída nesta quinta-feira com a prisão de dois policiais penais em um esquema que facilitava o ingresso de celulares e chips para favorecer apenados do Presídio de São Sepé.
Batizada de Operação Judas, a investigação também buscou apurar formas de exploração de prestígio e de advocacia administrativa, além dos crimes de corrupção ativa e passiva, associação criminosa e o favorecimento real, como relatou a delegada Carla Castro.
Segundo a policial, as duas primeiras fases serviram para a coleta e análise de provas. “Na primeira fase, nós tivemos, inclusive, interceptação telefônica autorizada judicialmente. Já na segunda etapa, foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Nesta fase, nós aprendemos objetos relacionados ao crime, incluindo telefones celulares. Com isso, com base em todo este material coletado, nós pedimos as prisões preventivas”.
A delegada também detalha a forma de atuação dos dois policiais penais. “Um dos policiais penais envolvidos não apenas facilitava o ingresso de celulares no presídio, mas ele participava de um esquema em que ele obteve grandes vantagens pecuniárias. Já o outro agente, ele se beneficiava de outras formas, tentando influir em autoridades para que alguns presos tivessem uma situação privilegiada em relação aos demais”, detalhou.
Durante a ofensiva deflagrada nesta quinta, outras duas pessoas também foram presas: um apenado que usava tornozeleira eletrônica e uma mulher.
A partir do cumprimento das prisões preventivas, o inquérito policial será concluído com o indiciamento e, posteriormente, encaminhado para o Poder Judiciário. Caso, um novo delito seja descoberto pela Polícia Civil, um novo inquérito poderá ser instaurado para dar seguimento as investigações.