Moraes mantém prisão de 354 e libera 220 investigados por ataques no DF

Análise de todos os processos vai até sexta-feira

Foto: Marcelo Camargo/ABr

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu hoje manter a prisão preventiva de 354 acusados de participar dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O ministro também decidiu colocar 220 investigados em liberdade, mediante medidas cautelares.

Ao transformar a prisão temporária dos acusados em preventiva, por tempo indeterminado, o ministro entendeu que as prisões são necessárias para garantir a ordem pública e a efetividade das investigações.

Moraes considerou que os acusados tentaram impedir o funcionamento dos poderes constitucionais constituídos por meio de violência e grave ameaça.

Os investigados que serão soltos deverão colocar tornozeleira eletrônica, ficarão proibidos de usar redes sociais e de sair das cidades onde vivem. Além disso, terão cancelados os passaportes e suspensos os documentos de posse de arma.

Após as prisões realizadas em 8 de janeiro, Alexandre de Moraes delegou as audiências de custódia para juízes federais e do Tribunal de Justiça do DF. As informações sobre os presos são centralizadas no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e remetidas ao ministro, a quem cabe decidir sobre a manutenção das prisões.

Cerca de 1,4 mil pessoas foram presas após os ataques. A análise das prisões pelo ministro vai até sexta-feira.