Dólar cai para R$ 5,10 após declarações de Haddad sobre reforma tributária

Bolsa sobe 2,04%, puxada por avanço de commodities

Foto: Marcos Santos / USP Imagens / Divulgação / CP

O mercado financeiro teve um dia de alívio, influenciado por declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as reformas tributária e um novo marco fiscal, e pela recuperação das commodities (bens primários com cotação internacional). O dólar voltou a se aproximar de R$ 5,10 e a bolsa de valores subiu mais de 2%.

O dólar comercial encerrou a terça-feira vendido a R$ 5,106, com queda de R$ 0,043 (-0,84%). A cotação abriu estável, mas passou a operar em baixa nos primeiros minutos de negociação, até consolidar-se em torno dos R$ 5,10 durante a tarde. Na mínima do dia, por volta das 14h, a moeda norte-americana alcançou R$ 5,09. Com o desempenho de hoje, o dólar acumula queda de 3,3% em 2023.

No mercado de ações, a terça teve como marca a recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 111.439 pontos, com alta de 2,04%. Após três quedas consecutivas, motivadas em parte pelo escândalo contábil nas Lojas Americanas, o indicador voltou a subir influenciado pela alta das commodities, que beneficiou as ações da Petrobras, os papéis mais negociados do dia.

As ações ordinárias (com voto em assembleia de acionistas) da Petrobras subiram 7,04%. Os papéis preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) valorizaram-se 6,16%. Em contrapartida, as ações das Lojas Americanas recuaram 2,06% hoje, após caírem 36,41% ontem.

No mercado doméstico, as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que está em viagem a Davos (Suíça) foram bem recebidas pelos investidores. Durante o Fórum Econômico Mundial, ele afirmou que o governo pretende enviar, até abril, a proposta do novo arcabouço fiscal ao Congresso Nacional, e que pretende aprovar a reforma dos impostos sobre o consumo no primeiro semestre e deixar as mudanças no Imposto de Renda para o semestre seguinte.

No mercado internacional, as commodities tiveram um dia de recuperação após a China anunciar crescimento das vendas no varejo e da produção industrial acima do esperado, em um momento em que a segunda maior economia do planeta aboliu as restrições sociais relacionadas ao enfrentamento da Covid-19.

*Com informações da Agência Reuters