O volume dos serviços prestados no Brasil ficou estável (0,0%) em novembro, em seu segundo mês consecutivo sem apresentar crescimento. Em termos acumulados, de janeiro a novembro de 2022 a taxa ficou em 8,5%, alta de 8,7% no acumulado nos últimos 12 meses e de 6,3% sobre novembro do ao anterior. No Rio Grande do Sul, comparado com outubro, houve um avanço de 1,7% e de 10,1% sobre novembro de 2021. No acumulado de 2022, o setor gaúcho tem alta de 11,7%.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e foram divulgados nesta quinta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Três das cinco atividades investigadas pelo IBGE recuaram no mês de novembro, com destaque para serviços de informação e comunicação, que registrou queda de 0,7% e eliminou parte do ganho acumulado no período julho-outubro (5,1%).
Para Luiz Almeida, analista da pesquisa, o resultado de novembro pode ser lido como uma perda de fôlego frente aos avanços registrados nos meses anteriores. “Vale lembrar que, de março a setembro, o índice acumulou um crescimento de 5,8%. Ainda é cedo para falarmos se estamos diante de um ponto de inflexão da trajetória. De todo modo, é importante notar que os principais pilares que vinham mostrando dinamismo e ajudando o índice a chegar em sua máxima histórica, os setores de tecnologia da informação e transporte de cargas, tiveram uma desaceleração em seu crescimento”, afirmou em nota.
Ainda segundo o analista, a queda observada em novembro na atividade de informação e comunicação foi puxada principalmente por uma acomodação do setor de tecnologia da informação, que teve queda de 4,1%, também precedida de quatro meses de altas consecutivas que acumularam 19,4% de crescimento.
No acumulado do ano, o setor de serviços cresceu 8,5%, com taxas positivas em quatro das cinco atividades e em 64,5% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante veio de transportes, serviços auxiliares ao transporte e correio (13,6%). Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (25,8%); profissionais, administrativos e complementares (7,7%) e informação e comunicação (3,7%). Em sentido oposto, o único acumulado no ano negativo foi em Outros serviços (-3,3%).
IMPACTOS REGIONAIS
Regionalmente, em 19 das 27 unidades da federação houve retrações no volume de serviços em novembro de 2022, frente ao mês imediatamente anterior, ainda que o resultado do Brasil tenha sido de estabilidade (0,0%). O impacto negativo mais importante veio de São Paulo (-0,5%), seguido por Mato Grosso (-7,9%), Distrito Federal (-4,0%), Amazonas (-6,7%) e Minas Gerais (-1,0%). Em contrapartida, Rio de Janeiro (2,2%) exerceu a principal contribuição positiva, seguido por Paraná com avanço de 1,7%.
Frente a novembro de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil (6,3%) foi acompanhado por 24 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (7,6%), seguido por Minas Gerais (10,0%), Rio de Janeiro (5,6%), Mato Grosso (16,0%) e Paraná (3,6%). Os únicos resultados negativos do mês foram Distrito Federal (-9,7%), Mato Grosso do Sul (-6,2%) e Rio Grande do Norte (-1,6%).
No acumulado do ano (8,5%), houve altas em 26 das 27 unidades da federação. O principal impacto positivo ocorreu em São Paulo (10,3%), seguido por Minas Gerais (11,2%), Rio de Janeiro (3,2%), Pernambuco (11,7%), Paraná (4,4%) e Mato Grosso (13,2%). Por outro lado, a única influência negativa veio do Distrito Federal (-2,3%).