O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu as votações, no fim da noite dessa quarta-feira, e decidiu manter o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afastado do cargo.
Em plenário virtual, oito ministros acompanharam o voto de Alexandre de Moraes, que, na segunda-feira ordenou que Ibaneis fique 90 dias longe do Palácio do Buriti. André Mendonça e Nunes Marques foram os únicos que votaram contra.
Moraes ordenou a saída do governador horas após manifestantes extremistas, contrários à vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições, terem depredado o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF, no domingo.
No voto, Mendonça considerou que “a decretação de intervenção federal na área de segurança pública do Distrito Federal torna desnecessária a suspensão do exercício da função pública do Chefe do Poder Executivo local” e ressalta “a necessidade de ampla e rigorosa apuração dos fatos”.
Já Nunes Marques afirmou que acompanha “o relator para referendar as medidas cautelares”, mas disse que diverge “apenas no que concerne à medida de afastamento do governador Ibaneis Rocha”.
Confira a lista dos ministros que seguiram o voto de Alexandre de Moraes:
• Cármen Lúcia;
• Dias Toffoli;
• Edson Fachin;
• Gilmar Mendes;
• Luís Roberto Barroso;
• Luiz Fux;
• Ricardo Lewandowski;
• Rosa Weber.
Vice-governadora no comando
Após o afastamento de Ibaneis Rocha, a vice-governadora, Celina Leão (PP), que assumiu o Buriti, reconheceu que houve uma falha no comando da polícia durante os atos de vandalismo.
Para a governadora em exercício, Ibaneis “recebeu várias informações equivocadas durante todo o momento da crise” e não teve participação na depredação das sedes dos Três Poderes da República.
Procurado pelo R7, o governador afastado informou que prefere ficar em silêncio. No entanto, Ibaneis se manifestou nas redes sociais, disse que respeita a decisão da Justiça e divulgou um vídeo em que pedia desculpas pelo ocorrido.