Núcleo de crimes cibernéticos do MP gaúcho investiga prática de estelionato via WhatsApp

Primeira operação realizada pelo CyberGaeco, criado em 2021, cumpre dois mandados de busca e apreensão em Joinville

Foto: Ministério Público RS/Divulgação

O Núcleo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), deflagrou uma ofensiva, na manhã desta quinta-feira, com o objetivo de investigar a prática de estelionato através do WhatsApp. Segundo o órgão estadual, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Joinville, Santa Catarina, contra um homem de 27 anos, ligado à facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Na ocasião, ele acabou detido por posse de droga.

Ainda de acordo com o MPRS, o alvo começou a ser investigado em junho do ano passado, quando ele tentou aplicar um golpe em uma moradora de Porto Alegre. Na oportunidade, a instituição relembra que ele tentou aplicar o chamado ‘Golpe do Zap’ (nome da operação), passando-se por um familiar da vítima.

Contudo, mesmo utilizando um número de telefone novo e solicitando R$ 1,9 mil, o golpe acabou não sendo concretizado. “É um golpe comum, que tem sido replicado por todo o país, causando relevantes prejuízos econômicos, especialmente entre os idosos. O golpista usa outro número, coloca a foto de um familiar e entra em contato pedindo dinheiro sempre com a justificativa de que está tendo alguma dificuldade, mas que vai pagar em seguida. Tudo nos leva a crer que o alvo dessa operação integra uma organização criminosa especializada nesses golpes, e é isso que queremos esclarecer”, pontua o coordenador do CyberGaeco, Roberto Carmai Duarte Alvim.

Desde que foi criada em 2021, está é a primeira ofensiva da CyberGaeco. A unidade é responsável por identificar, prevenir e reprimir organizações criminosas, atividades de corrupção de agentes públicos e de lavagem de dinheiro cometidos na internet.