Estado apresenta redução de 33% em mortes violentas nas cidades do RS Seguro

Total de ocorrências do tipo caiu de 12.440, entre 2015 e 2018, para 8.380, entre 2019 e 2022

Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini

As 23 cidades gaúchas que fazem parte do programa RS Seguro, por serem consideradas as mais violentas do Rio Grande do Sul, tiveram uma melhora significativa nos indicadores de criminalidade entre 2019 e 2022. Segundo balanço divulgado pelo governo do Estado nesta quinta-feira, o número de mortes violentas caiu 33% nesses municípios desde o início da mobilização.

O total de ocorrências do tipo caiu de 12.440, entre 2015 e 2018, para 8.380, entre 2019 e 2022. Ou seja: mais de quatro mil vidas foram poupadas graças ao reforço do policiamento e emprego da tecnologia nas ações das forças de segurança pública. “Agora é um novo desafio. Precisamos de uma nova inflexão destes números nos próximos anos. Estamos mapeando perfil, localidade dos casos”, explica o governador Eduardo Leite (PSDB).

Porto Alegre teve queda do número de mortes violentas ainda mais expressiva, de 53%. O total de ocorrências passou de 2.930, no período de quatro anos que antecedeu o RS Seguro, para 1.390, nos quatro anos posteriores.

Já a taxa de crimes letais intencionais – como homicídios, latrocínios e feminicídios – se tornou a menor da história nas regiões atendidas pelo RS Seguro, chegando no ano passado à marca de 17,7 a cada 100 mil habitantes.

A violência contra a mulher é, justamente, um dos aspectos que mais preocupa o Palácio Piratini. Na contramão dos demais indicadores de crimes contra a vida, os assassinatos motivados por gênero cresceram 10,4% no ano passado. “Este tema é especialmente complexo devido à subnotificação anterior ao crime. Estamos investindo em tecnologia para monitorar agressores e expandindo patrulhas”, ressalta Leite.

Roubos em queda

Os crimes patrimoniais permanecem em queda no Rio Grande do Sul. Entre as 23 cidades integrantes da força-tarefa de segurança, foram 28.427 roubos a veículos desde o início do monitoramento (queda de 59% em relação aos quatro anos anteriores). Os ataques a pedestres também caíram 38%, passando de 223.170 para 138.789. Em 2022, foram 26.484 casos do tipo nesses mesmos municípios.