Novo plano de enfrentamento à estiagem vai ter foco no combate à fome e ao desabastecimento no RS

Secretário da Casa Civil, Artur Lemos, confirmou alterações ao deixar reunião de Fórum Permanente, nessa tarde

Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

O secretário da Casa Civil, Artur Lemos, confirmou, nesta quarta-feira, em reunião do Fórum Permanente de Combate à Estiagem, que vai atualizar o plano de enfrentamento à falta de chuvas no RS. Ainda não há data para que o projeto seja apresentado ao governador Eduardo Leite.

Lemos disse que devem ser priorizados, nesse plano, o combate à fome e ao desabastecimento de água, assim como a distribuição de cestas básicas e a aquisição, pelo governo, de produtos da agricultura familiar para fomentar a produção das famílias do campo. Outros tópicos, segundo ele, envolvem reforçar os investimentos do programa Avançar e dar mais celeridade a projetos já em andamento.

Também foram debatidas proposições relacionadas ao pagamento do auxílio emergencial de R$ 1 mil a famílias de pequenos agricultores, à construção de novas cisternas e a recursos para ampliar o número de caminhões-pipa para o abastecimento humano, além de financiamento com juros subsidiados e renegociação de dívidas de produtores afetados pela estiagem.

Mais cedo, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) estimou que o número de cidades gaúchas em situação de emergência pela estiagem ultrapasse a marca dos 100 até o fim da semana. Segundo a Defesa Civil, até esta quarta-feira, 61 municípios haviam formalizado o pedido de socorro em decorrência da seca. Desses, 16 tiveram o pedido homologado pelo Estado e um, Tupanciretã, reconhecido pela União.

Iniciativas em apoio aos produtores

Antes da reunião do Fórum, o governador Eduardo Leite se encontrou os titulares de secretarias envolvidas com o enfrentamento à estiagem. Na ocasião, ele pediu celeridade na execução das iniciativas em apoio aos produtores, como perfuração de poços e construção de cisternas, açudes e microaçudes.

O governador também reforçou a necessidade de ampliar a integração entre as áreas técnicas para o monitoramento da seca e das medidas de auxílio. Também foram discutidas alternativas para otimizar a execução de recursos para convênios e projetos de combate à estiagem.