O volume de vendas do varejo em 2023 deverá ter um aumento real de 0,8%. A estima é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e considera a inflação ainda fora da meta para o ano, juros altos e mercado de trabalho em desaceleração. Se confirmada, significa uma taxa ainda menor que a registrada em 2020 (1,2%) e em 2021 (1,4%) e a prevista para 2022 (1%).
Na avaliação do economista sênior da CNC Fabio Bentes, responsável pela projeção, o desempenho do varejo este ano será afetado pela perspectiva predominante de que os juros só devem recuar em setembro, e pelas expectativas para a inflação que seguem ancoradas acima do teto do regime de metas de inflação. Além disso, acredita que não se pode esperar um pode esperar um movimento de inflexão no ritmo atual do mercado de trabalho com a projeção de uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo de 1%.