A 1ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DPHPP) da Polícia Civil concluiu, nesta terça-feira, o inquérito que apurou a morte de um bebê, de um ano e 11 meses, baleado em 9 de agosto do ano passado, em Porto Alegre. Sob comando da delegada Isadora Galian, a Polícia Civil indiciou quatro suspeitos por homicídio doloso qualificado pelo motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima, o menino Rayan Valentyn Thomas Jaques.
O alvo dos tiros era o pai do menino, de 31 anos, que segurava o bebê no colo no momento da invasão da residência. Dois homens armados arrombaram a porta da casa, situada na rua Samambaia, no bairro Lomba do Pinheiro. Conforme a Polícia Civil, os envolvidos também foram indiciados pela tentativa de homicídio qualificado do pai da criança. As investigações apontaram que um preso mandou dois subordinados, por intermédio da namorada, executarem o pai da criança. A motivação do crime era a disputa por pontos de venda de drogas na região da Lomba do Pinheiro – área com maior número de homicídios da 1ª DHPP.
A criança chegou a ser socorrida até a UPA Lomba do Pinheiro e, posteriormente, encaminhada ao HPS, mas não resistiu. Após cinco meses, as investigações da Polícia Civil comprovaram a participação de todos os envolvidos, inclusive com confronto balístico positivo de armas apreendidas em posse de um dos executores. Por conta disso, a PC pediu a prisão preventiva dos quatro homens.
O Judiciário deferiu a prisão preventiva de apenas um dos criminosos, mas o Ministério Público recorreu da decisão. Conforme a PC, o mandante do crime já tinha 13 passagens policiais por homicídio, inclusive quando ainda menor, além de associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo e tortura. As ordens para execuções eram dadas de dentro do sistema prisional.