Polícia Civil indicia quatro pessoas por morte de bebê em Porto Alegre

Investigações sobre crime cometido na Lomba do Pinheiro duraram cinco meses

POLÍCIA
Motorista de 51 anos, natural de Piraquara, Paraná, morreu no acidente

A 1ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DPHPP) da Polícia Civil concluiu, nesta terça-feira, o inquérito que apurou a morte de um bebê, de um ano e 11 meses, baleado em 9 de agosto do ano passado, em Porto Alegre. Sob comando da delegada Isadora Galian, a Polícia Civil indiciou quatro suspeitos por homicídio doloso qualificado pelo motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima, o menino Rayan Valentyn Thomas Jaques.

O alvo dos tiros era o pai do menino, de 31 anos, que segurava o bebê no colo no momento da invasão da residência. Dois homens armados arrombaram a porta da casa, situada na rua Samambaia, no bairro Lomba do Pinheiro. Conforme a Polícia Civil, os envolvidos também foram indiciados pela tentativa de homicídio qualificado do pai da criança. As investigações apontaram que um preso mandou dois subordinados, por intermédio da namorada, executarem o pai da criança. A motivação do crime era a disputa por pontos de venda de drogas na região da Lomba do Pinheiro – área com maior número de homicídios da 1ª DHPP.

A criança chegou a ser socorrida até a UPA Lomba do Pinheiro e, posteriormente, encaminhada ao HPS, mas não resistiu. Após cinco meses, as investigações da Polícia Civil comprovaram a participação de todos os envolvidos, inclusive com confronto balístico positivo de armas apreendidas em posse de um dos executores. Por conta disso, a PC pediu a prisão preventiva dos quatro homens.

O Judiciário deferiu a prisão preventiva de apenas um dos criminosos, mas o Ministério Público recorreu da decisão. Conforme a PC, o mandante do crime já tinha 13 passagens policiais por homicídio, inclusive quando ainda menor, além de associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo e tortura. As ordens para execuções eram dadas de dentro do sistema prisional.