EUA: indivíduo com visto oficial e que não está mais em serviço oficial deve sair ou buscar novo status

Segundo porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, pessoa nessa situação deve, em 30 dias, deixar o país

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Departamento de Estado dos EUA disse nesta segunda-feira que cabe a um indivíduo que entrou no território norte-americano com o chamado visto “A”, reservado para diplomatas e chefes de Estado, deixar o país em 30 dias ou solicitar uma mudança de status de imigração caso não esteja mais envolvido em assuntos oficiais ligados ao país de origem.

O ex-presidente Jair Bolsonaro voou para a Flórida dois dias antes de terminar o mandato, em 1º de janeiro, antes de apoiadores invadirem e depredarem as sedes dos Três Poderes em Brasília, no domingo. Acredita-se que ele tenha obtido esse visto.

O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse em uma coletiva de imprensa que não pode comentar a situação do visto de um indivíduo, mas falou em geral sobre as regras de visto.

“Se um indivíduo não tem motivo para estar nos Estados Unidos, ele está sujeito a remoção pelo Departamento de Segurança Interna”, disse Price.

Deputados democratas pedem extradição de Bolsonaro
Vários legisladores democratas pressionaram nesta segunda-feira o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a expulsar o ex-presidente Jair Bolsonaro do país depois que apoiadores invadiram as sedes dos Três Poderes da República, em Brasília.

“Os Estados Unidos devem parar de conceder refúgio a Bolsonaro na Flórida”, disse a popular legisladora democrata de Nova York, Alexandria Ocasio-Cortez, em mensagem postada nas redes sociais, destacando as semelhanças do que aconteceu com o ataque ao Capitólio dos EUA, há dois anos.

Outros legisladores se manifestaram no mesmo sentido, como o congressista texano Joaquín Castro, que escreveu nas redes sociais que “Bolsonaro não deveria receber refúgio na Flórida, onde tem se escondido da responsabilidade por seus crimes”.

Mensagens semelhantes foram publicadas pelos congressistas democratas por Minnesota, Ilhan Omar, e pela Califórnia, Mark Takano: “Jair Bolsonaro não deveria se refugiar nos Estados Unidos”, disse esse último.