Dezenas de cidades da zona Sul do Estado estão enfrentando perdas significativas em razão da estiagem que assola o Rio Grande do Sul mais uma vez. Em reunião, na manhã desta segunda-feira, a Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), através dos prefeitos, secretários de Agricultura e Emater, discutiram alternativas e medidas a serem adotadas.
Entre as principais demandas está o pedido de agilidade por parte do executivo estadual no reconhecimento dos decretos de situação de emergência dos municípios. De acordo com as prefeituras, é necessário maior celeridade também no recebimento de recursos do programa Avançar na Agricultura, onde cerca de 90% dos municípios da região foram contemplados para instalação de poços, mas ainda não receberam os recursos.
De forma remota, o secretário de Desenvolvimento Rural do governo Leite, Ronaldo Santini, participou do encontro e solicitou que as prefeituras formalizassem as solicitações. Um documento com as demandas, assinado pelas prefeituras e entidades, será enviado ao governo do Estado nos próximos dias.
Os principais problemas estão nas lavouras de milho e soja. Pela estimativa da Emater, os produtores da região já contabilizam cerca de R$ 450 milhões de prejuízos até o momento. Uma das cidades mais afetadas é Piratini, onde a soma dos prejuízos chega a mais de R$ 100 milhões. O prefeito de Piratini, Márcio Porto, confirmou o decreto de emergência nesta segunda-feira. Além do prejuízo nas lavouras, a principal preocupação do gestor é atender as famílias com abastecimento de água. O município utiliza caminhões pipa para atender a demanda.
Até a manhã desta segunda, a Defesa Civil Estadual contabilizava 48 cidades que já haviam decretado situação de emergência. No dia 27 de dezembro, eram 12 cidades afetadas. A situação é alarmante em praticamente todas regiões do Estado.