Estado orienta prefeituras a avançarem na terceira dose pediátrica contra a Covid, conforme estoques

Prefeituras foram aconselhadas a não desperdiçarem frascos de Pfizer infantil; não há prazo para que Ministério da Saúde envie novos lotes

Mudança busca acelerar a vacinação contra a Covid-19 no Brasil | Foto: Cristine Rochol/PMPA

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) pactuou com a representação dos municípios, em reunião nesta segunda-feira, as orientações sobre a vacinação do primeiro reforço contra a Covid-19 em crianças de zero a 11 anos no Rio Grande do Sul, conforme disponibilidade de doses. O intervalo entre a segunda dose e o reforço deve ser a partir de quatro meses. A imunização complementar deve ser feita com a vacina pediátrica da Pfizer.

Apesar de o Ministério da Saúde ter liberado a dose de reforço, no fim do ano, a Pasta, até o momento, não enviou novos lotes correspondentes a esse público. Por isso, a recomendação aos municípios é que façam uma mobilização para atender crianças com a segunda dose (respeitando o intervalo de oito semanas em relação à primeira) e avançar em um primeiro reforço (ou terceira dose) otimizando o número de doses por frasco, sem prejuízo de descarte.

Nesta semana, a Secretaria Estadual da Saúde repassa 28.430 doses estocadas para que sejam aplicadas como segundas doses e doses de reforço. Ainda não há previsão de novas remessas de vacinas pediátricas para o Rio Grande do Sul. Na sexta-feira passada, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que a Pasta negocia com a Pfizer a possível antecipação de pedidos de 7,7 milhões de doses de vacinas pediátricas com entrega originalmente prevista para o fim de janeiro, conforme o contrato vigente.

Em cidades gaúchas, cerca de 460 mil crianças na faixa etária de zero a 11 anos já cumpriram o intervalo mínimo de quatro meses desde a segunda dose. Outras 30 mil completaram o esquema primário de quatro meses para cá, devendo aguardar esse prazo para fazer o reforço.

De acordo com o Ministério da Saúde, para a análise da recomendação de dose de reforço para esse público, entre outros critérios, as equipes da Pasta observaram o aumento dos níveis de anticorpos depois da aplicação da dose complementar. No estudo clínico, as crianças avaliadas apresentaram aumento de seis vezes no número de anticorpos após a dose de reforço. O reforço da vacina da Pfizer também se mostrou eficaz contra a variante Ômicron, com aumento de 36 vezes na produção de anticorpos nessa faixa etária.

Vacinação infantil contra a Covid-19 no RS

População estimada de zero a 11 anos: 964.268

1ª dose: 679.813 (70,5%)
2ª dose: 491.445 (51,0%)

2ª dose há mais de 4 meses (em 9/1/23): 461.884
2ª dose atrasada (em 9/1/23): 147.673