Manifestantes que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 furaram bloqueio da Polícia Militar do Distrito Federal e invadiram, na tarde deste domingo (8), os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os manifestantes subiram a rampa do Congresso Nacional e invadiram a parte superior, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, além do Salão Verde, localizado dentro do edifício.
Depois, o grupo tentou invadir, com sucesso, o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, local onde o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), despacha, em Brasília. O petista não está na capital federal neste momento e, sim, em Araraquara, para visita ao município do interior paulista após os estragos causados pelas chuvas.
Manifestantes invadiram, ainda, o edifício do STF. No local, vidros foram quebrados e objetos destruídos nas dependências da Corte. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram que a porta em que o ministro Alexandre de Moraes utiliza para guardar a toga foi arrancada.
Autoridades
Diversas autoridades e chefes de Poderes repudiaram as invasões. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que as forças de segurança estão agindo e que o governo do Distrito Federal prometeu reforços, em manifestação no Twitter.
No último sábado (7), o governo editou uma portaria e autorizou o uso da Força Nacional na capital federal até segunda-feira (9). Mais cedo, também pelas redes sociais, Dino afirmou que articula junto à Polícia Federal, à Polícia Rodoviária Federal, ao governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e ao ministro da Defesa, José Múcio, medidas para coibir e penalizar atos antidemocráticos.
Ex-ministro da Justiça e secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, avaliou as cenas de invasão como “lamentáveis”. O secretário informou ainda ter determinado ao setor de operações da pasta “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília”.
Intervenção
A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vão acionar a Procuradoria-Geral da República para que seja decretada intervenção na Segurança Pública do DF.