O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) do FGV/Ibre encerrou o mês de dezembro com uma alta de 1,6 ponto, para 74,7 pontos, após dois meses seguidos de queda e terminou o ano com saldo negativo de 7,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp caiu 3,0 pontos, para 75,9 pontos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre).
Em dezembro, 3 dos 7 componentes do indicador contribuíram positivamente para o resultado, com destaque para aqueles que medem a Situação Atual e Tendência dos Negócios da Indústria, que contribuíram com 1,7 e 0,5 ponto, respectivamente. Também houve contribuição do indicador que mede o emprego nos próximos meses do Consumidor, que contribuiu com 0,9 ponto.
Do lado negativo, o principal destaque ficou com indicador de Emprego Previsto da Indústria, que contribuiu com -0,9 ponto. Os demais indicadores – Emprego Previsto, Tendência dos Negócios e Situação Atual do Negócios de Serviços – contribuíram 0,2 ponto negativo cada um.
Segundo Rodolpho Tobler, economista do FGV/Ibre, é preciso cautela para interpretar a alta do indicador no mês. “A alta compensa apenas cerca de 15% do que foi perdido nos meses anteriores e o ano encerra com viés negativo com o resultado do último trimestre”, lembrou
Para ele, o patamar baixo do indicador se mantém e parece refletir o cenário macroeconômico negativo e desafiador para o ano de 2023. “Com a expectativa de uma desaceleração da economia, o mercado de trabalho tende a reagir de maneira negativa e dificilmente voltará, no curto prazo, à trajetória ascendente que teve em parte do ano de 2022″, avaliou.