Após incertezas sobre destino na Esplanada, Tebet assume o Planejamento nesta quinta

Cerimônia da senadora, que chegou a ser citada para Cidades, Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Educação, ocorrerá no CCBB

Simone Tebet e Lula durante a campanha do 2º turno das eleições, em outubro de 2022 RICARDO STUCKERT/DIVULGAÇÃO

Após incertezas sobre o futuro no comando de alguma pasta no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a senadora Simone Tebet vai assumir a chefia do Ministério do Planejamento e Orçamento nesta quinta-feira (5).

A cerimônia de transmissão do cargo será realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília. O evento está previsto para começar às 10h.

Durante a campanha rumo à Presidência, a senadora chegou a descartar a participação no novo governo, “seja qual for o eleito”, mas a aproximação com Lula ocorreu ao anunciar apoio ao petista três dias após o resultado do 1º turno da eleições, em outubro do ano passado. Na corrida presidencial, Tebet ficou em terceiro lugar, com 4.915.423 votos (4,16%).

A partir daí, o nome de Simone Tebet — que termina o mandato como senadora pelo MDB do Mato Grosso do Sul em 1º de fevereiro — chegou a ser ventilado para comandar os ministérios das Cidades, que ficou com Jader Barbalho Filho; do Desenvolvimento Social, chefiado por Wellington Dias; da Educação, entregue a Camilo Santana; e do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva.

Fora da primeira lista

Antes de ter o nome cotado para assumir uma das pastas acima, no entanto, Tebet ficou de fora da primeira lista de ministros anunciada por Lula. Em 22 de dezembro, o então presidente eleito divulgou 16 novos nomes e prometeu anunciar outros 13 dentro de cinco dias.

A confirmação da senadora como ministra do Planejamento e Orçamento ocorreu no dia 27 de dezembro, quando ela aceitou o convite de Lula.

Como já anunciado pelo R7, a ida de Tebet para o Planejamento traz certo desconforto para representantes do núcleo político do presidente. Um deles é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que estaria desconfortável com “ideais” de Tebet não alinhados com os da pasta que ela assumiu.