Empresas de geração de energia e de petróleo e gás parecem programar investimentos no mercado de energia eólica em 2022. Os parques brasileiros são capazes de produzir cerca de 25 gigawatts (GW), o suficiente para abastecer residencias de todo Norte e Sudeste do país, mas com potencial para crescer, conforme a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Até dezembro de 2022, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) registrava 176,6 GW em pedidos de licenciamento para geração a partir dos ventos offshore. Dos 70 parques projetados, 22 estão localizados no Rio Grande do Sul.
Uma das principais demandas do setor junto ao governo federal é justamente a regulamentação das eólicas offshore, ou os parques instalados no mar. Um decreto publicado no início de 2022 abriu espaço para a implantação no oceano, mas faltam detalhes sobre como serão as cessões de uso da costa brasileira.
Dados da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) indicam que o potencial de geração de energia eólica offshore no Brasil é superior a 700 GW. A expectativa da Abeeólica é de que os primeiros leilões possam ainda em 2023, com a regulamentação final da atividade ficando para 2024. No mundo inteiro, a estimativa é de que quase US$ 1 trilhão sejam investidos na indústria eólica offshore até 2031, segundo a consultoria WoodMac.